terça-feira, 24 de abril de 2012

Não libertação

A não libertação de uma situação negativa advém da resistencia da pessoa em assumir total responsabilidade pela situação.
A criança interior, com seu laços de co-dependencia, não quer assumir a responsabilidade, e fica esperando que os pais venham salva-lá.
Essa dependência faz com que a pessoa também projete isso na imagem de uma divindade exterior, onde fica esperando por uma salvação ao invés de tomar uma ação, que é o próprio movimento da divindade interior e a única forma de libertar-se.
A pessoa pode não querer assumir responsabilidade para não ter que se libertar, pois no fundo quer ficar preso aos pais, ao passado ilusório e ao sofrimento, e usando a situação negativa, mantém-se preso através da posição de vítima, esperando total atenção e amor exclusivo dos pais, de Deus, ou qualquer que seja o objeto de co-dependência.
A solução para a libertação é o tomar responsabilidade total, por qualquer ato que se tome.
A aceitação de que os pais ou uma salvação de algum tipo de divindade exterior não vem, indo pelo ponto de vista de que esses pais e essas divindades exteriores são apenas ilusões mentais, vai fazer com que os vetores da vontade sejam redirecionados.
O primeiro passo é a aceitação, que seguida da ação, leva a libertação.
E a libertação leva a...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Idéias tortas

Estava aqui no meu quarto observando as coisas que passam pela minha cabeça e cheguei a conclusão de que o ego tem umas idéias muito tortas, meu deus do céu quanta bosta!


Ao Amanhecer

E ao amanhecer, nada restava
A não ser a Luz
A Luz, que veio com a manhã
A tudo iluminava
Tudo clareava e tudo purificava

O Alimento

O alimento não é somente aquilo que vemos com os olhos e sentimos o gosto com a boca.

Por trás da forma física, existe uma energia

Essa energia vem de onde veio o alimento.
Se o alimento veio da morte, ali estará a morte.
Se o alimento veio da vida, ali estará a vida.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Reeducação alimentar parte 1


Texto relacionado: A fome psicológica

A reeducação alimentar

O processo de reeducação alimentar acontece não somente em nível físico. Há um trabalho a ser feito com nosso emocional/corpo astral/criança interior, para que ocorra uma "reprogramação" dos hábitos que vivem nessa parte de nós.

A maioria de nossos hábitos alimentares é formado durante a infância. Se encarnamos numa família que vive numa sociedade onde comer venenos é considerado normal, assim será a nossa alimentação, visto que a criança dificilmente tem poder de escolhe sobre aquilo que irá ingerir.
Em nossa infância, durante a formação de nosso corpo astral, são impressos nesse corpo os sabores, o cheiro, o peso emocional e outros fatores que envolvem a alimentação.
Conforme vamos crescendo, nosso repertório de impressões também cresce e vamos formando laços emocionais com os alimentos.

Adquirindo maior compreensão após a infância, é possível que mudemos nossos hábitos alimentares, mudança essa que vem de uma necessidade do corpo físico, ou de uma vontade de mudar o corpo, ou outras razões que em sua grande maioria envolvem o corpo físico.

Quando a mudança se dá somente em nível físico, isso não significa que paramos de realizar a alimentação que está impressa em nosso corpo astral. Nosso corpo astral reage as imagens que vemos, e se tivermos a impressão dessa imagem em nosso corpo astral, haverá uma vibração energética que fará com que nos alimentemos desse alimento em nosso corpo astral.

Se a pessoa não tem certo controle, o que ocorre em seguida é a ingestão do alimento em nível físico.

Se a pessoa adquire certo controle, advindo da crença de que aquele alimento não é o correto para o corpo físico, não ocorre a ingestão, mas há uma perda energética em nosso ser, visto o processo de alimentação que ocorre no corpo astral.

Por exemplo, não estamos com fome, mas ao sentir o cheiro de certo alimento, imediatamente temos "fome", ou ao passar em frente de um restaurante e ver a imagem de certo alimento, a "fome" aparece. Na parte emocional, podemos estar reunidos numa ocasião social sem a mínima vontade de comer, mas então a "fome" aparece por conta do peso emocional da ocasião, caso ela envolva alimentação. Essas reações acontecem num nível acima do corpo físico. Tendo essas impressões no corpo astral, ocorre uma interação entre os corpos, o que leva a essa sensação de “fome”.

Estando essas impressões num nível acima do corpo físico, a dissolução desses hábitos, que continuam vivos independentes da atitude de ingerir ou não o alimento fisicamente, é preciso um trabalho psicológico interno com nossa criança interior.

Normalmente tomamos a atitude de mudar nossa alimentação com informações que vem do exterior, informações essas que criam crenças mentais sobre o que é "certo" e o que é "errado" ingerir. Se tentarmos mudar nossos hábitos alimentares somente em nível físico, em cima dessas crenças, sem realizar o trabalho psicológico em cima de nosso corpo astral, invariavelmente nos veremos com o velho hábito alimentar, vez ou outra, visto que ele ainda existe dentro de nós, mas em outro nível.

Uma pessoa que, por exemplo, quer emagrecer: A atitude que se toma é normalmente consultar um nutricionista ou alguma outra fonte, buscando saber o que ingerir ou não. Se a pessoa tira certos alimentos a nível físico sem realizar um trabalho psicológico com o corpo emocional, informando a nossa criança interior que nossa alimentação irá mudar, cedo ou tarde se verá ingerindo o alimento novamente. Isso ocorre pois a ingestão continua acontecendo em outro nível, a partir do desejo por esse alimento, que se alimenta, como dito anteriormente, de imagens, cheiros, etc.

É por essa razão que muitas pessoas que usam remédios para emagrecer ou fazem dietas radicais, emagrecem muito em pouco tempo, e pouco tempo depois voltam ao peso original ou engordam ainda mais do que pesavam, pois ao reprimir os desejos do corpo emocional, isso em verdade alimenta energeticamente esse desejo, que ao encontrar um gatilho, volta a assaltar o corpo físico, através das reações químicas que estão atreladas entre os corpos, levando a pessoa a comer compulsivamente, por conta do acumulo energético que ocorreu nesse o desejo. Esses desejos são conhecidos também como “corpos de desejo”, que são um outro aspecto da alimentação que ocorre em nosso corpo astral.

O trabalho psicológico abordado consiste em conversar conosco. Conversar com a criança interior, informando a nossa criança que haverá mudanças em nossa alimentação. É algo simples.

Essa conversa é algo pessoal de cada um. Devemos sempre procurar a resposta de como agir dentro de nós, a partir de nossa conexão com o Eu Superior, a parte de nós que tem a força e o poder necessário para realizar essa reprogramação, que é um dos passos da reeducação alimentar, e para transformar os corpos de desejo, que são entidades energéticas autônomas, e que está além de nossa vontade humana dissolve-las.

Tendo fé e confiança no mais íntimo de nós e realizando o trabalho com consciência e presença, o nosso corpo astral será reprogramado. Com o tempo, os desejos simplesmente perdem o poder sobre nós, pois são transformados a partir de nossa fé em nosso próprio Poder Superior. A divindade não é algo separado de nós.

Mas como foi dito no texto anterior sobre o assunto, o processo é muito lento e demorado, e é necessária muita paciência, pois tais desejos foram alimentados por muito tempo.
Também é importante não tirar alimentos bruscamente, pois temos laços emocionais com os alimentos, e quando o corpo emocional pede um alimento e não o ingerimos fisicamente, ocorre uma cisão entre a integração de nossos corpos físicos e emocional, causando tensão e ansiedade. É preciso fazer um trabalho, mudando a alimentação rotineira gradualmente, observando os desejos e pedindo ao Superior por sua transformação. A intenção sincera faz com que o processo comece, e a entrega, que ocorre com a compreensão da ajuda interior que precisamos, faz com que o processo tome força e leva a transformação.

Posteriormente será abordado como lidar com o desejo, sem a repressão, que alimenta ainda mais os corpos de desejo, e sem deixá-lo agir livremente.
Também serão expandidos alguns termos, como corpo astral e corpos de desejo.

“Que o eterno sol te ilumine, que o amor te rodeie e a luz pura e interior guie o seu caminho”

terça-feira, 10 de abril de 2012

Todas as estruturas são instáveis


Seja qual for a forma que assuma, a motivação inconsciente por trás do ego é fortalecer a imagem de quem nós pensamos que somos, o eu-fantasma que passa a existir quando o pensamento - uma enorme bênção, assim como uma grande maldição - começa a dominar e a obscurecer a simples, e ainda assim profunda, alegria da conectividade com o Ser, a Origem, Deus. Independentemente do comportamento que o ego manifeste, a força motivadora oculta é sempre a mesma: a incessante necessidade de aparecer, ser especial, estar no controle, ter poder, ganhar atenção. E, é claro, a necessidade de experimentar uma sensação de isolamento, ou seja, de oposição, de ter inimigos.
O ego sempre quer alguma coisa das pessoas ou das situações. No caso dele há sempre um plano oculto, um sentimento de "ainda não é o bastante", de insuficiência e falta, que precisa ser atendido. Ele usa as pessoas e situações para conseguir o que deseja e, até mesmo quando é bem-sucedido, nunca fica satisfeito por muito tempo. Em geral, vive frustrado com seus objetivos - na maior parte do tempo, a lacuna entre o "eu quero" e "o que acontece" torna-se uma fonte constante de aborrecimento e angústia. A clássica canção dos Rolling Stones (I Can’t Get No) Satisfaction ("Não consigo ter satisfação") é sua música.
A emoção subjacente que governa todas as atividades do ego é o medo. O medo de não ser ninguém, o medo da não-existência, o medo da morte. Todas as suas ações, enfim, destinam-se a eliminar esse temor. No entanto, o máximo que o ego consegue fazer é encobri-lo temporariamente, seja com um relacionamento íntimo, a aquisição de um novo bem ou tendo um bom desempenho numa coisa ou noutra. A ilusão nunca nos satisfaz. Apenas a verdade de quem nós somos, se compreendida, nos libertará. Por que o medo? Porque o ego surge pela identificação com a forma e, na verdade, ele sabe que nenhuma forma é permanente, que todas elas são transitórias. Assim, há sempre um sentimento de insegurança ao seu redor, mesmo que externamente ele pareça confiante.
Certa vez, quando eu caminhava com um amigo numa linda reserva natural próxima a Malibu, na Califórnia, chegamos às ruínas do que fora uma casa de campo, destruída pelo fogo décadas atrás. Aos nos aproximarmos da propriedade, toda cercada de árvores e de plantas magníficas, vimos, ao lado da trilha, uma placa que as autoridades do parque haviam colocado ali. Nela estava escrito: "Perigo. Todas as estruturas são instáveis." Comentei com meu amigo: "Este é um sutra profundo." E ficamos parados, impressionados. Depois que compreendemos e aceitamos que todas as estruturas (formas) são efêmeras, até mesmo os materiais aparentemente sólidos, a paz surge dentro de nós. Isso acontece porque o reconhecimento da impermanencia de todas as formas nos desperta para a dimensão do que não tem forma no nosso interior, o que está além da morte. Jesus chamou isso de "vida eterna".
Texto extraído do livro de Eckhart Tolle, Um Mundo Novo, página 74, Editora Sextante

Osho Zen Tarot - Controle


Pessoas controladas estão sempre nervosas porque lá no fundo, o tumulto ainda está escondido. Se você não é controlado, mas é "solto", vivo, então não é nervoso. Não há motivo para estar nervoso -- o que quer que aconteça, acontece. Você não tem expectativas para o futuro, não está representando. Então, por que deveria ficar nervoso?
Para conseguir controlar a mente, a pessoa precisa ficar tão fria, gelada, que nenhuma energia vital é permitido entrar nos seus membros, no seu corpo. Se essa energia tiver permissão para se mover, essas repressões virão à superfície. Por isso é que as pessoas aprenderam a manter-se frias, a tocar os outros sem de fato tocá-los, a ver as pessoas e, contudo não enxergá-las. Vivemos com frases feitas -- "Olá, como vai?" Ninguém quer dizer nada com isso. Essas frases são justamente para evitar o encontro real entre duas pessoas. As pessoas não se olham nos olhos, não se seguram às mãos, não procuram sentir a energia umas das outras, não se permitem o extravasamento de emoções -- muito amedrontadas, dando apenas um jeito de ir levando as coisas, frias e mortas, dentro de uma camisa-de-força.
 Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 5
Comentário:
Existe um tempo e um lugar para o controle, mas se nós o colocamos presidindo as nossas vidas, acabamos totalmente enrijecidos. A figura desta carta apresenta-se encaixada nos ângulos das formas piramidais que a circundam. A luz pisca e reflete nas superfícies brilhantes da pirâmide, mas não penetra. É como se o personagem estivesse quase mumificado no interior dessa estrutura que construiu em volta de si mesmo. Os punhos estão crispados e o seu olhar é vazio, quase cego. A parte inferior do seu corpo, abaixo da mesa, é uma ponta de faca, um fio cortante que divide e separa.
O seu mundo é organizado e perfeito, mas não é vivo -- ele não pode permitir que nenhuma espontaneidade ou vulnerabilidade penetre ali.
A figura do Rei das Nuvens é um lembrete para que tomemos uma respiração profunda, afrouxemos a gravata e passemos a cuidar das coisas com calma. Se houver enganos, tudo bem. Se as coisas ficarem um pouco fora de controle, isso é com certeza exatamente o que o médico prescreveu. Há muito, muito mais na vida do que estar "no controle das coisas".

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A fome psicológica

A fome psicológica

Ao contrário do que diz o ditado popular "Fácil como tirar doce de criança", tirar o doce de nossa criança interior é uma das piores atitudes que podemos tomar.

Não há como vencer os desejos da criança com a repressão.
Observe, caso tenha a oportunidade, uma criança que quer um doce e o pai nega: O mesmo chilique que a criança tem é o chilique que a nossa criança interior tem internamente. Reprimir isso é arrumar guerra com a criança interior, e isso é uma das piores atitudes que podem ser tomadas.


Dentro de nós existe um restaurante/sorveteria/pizzaria/churrascaria, que serve diversos pratos de todos os gostos que experimentamos (e gostamos) durante a vida. O restaurante está sempre cheio e funciona 24h por dia.

Quando sentimos prazer ao comer, fica em nosso corpo astral, ou corpo emocional, ou nossa criança interior, uma "memória" do gosto que sentimos no momento. Essa memória fica viva dentro de nós, e quando ela vem a tona é como se estivéssemos realmente sentindo o gosto daquela comida. O corpo astral tem uma contraparte do sentido do paladar de nosso corpo físico, que sente um gosto ao desejarmos um alimento prazeroso.
Você já teve um sonho em que estava comendo um alimento e ao acordar teve a impressão de que sentiu o gosto? O corpo astral se alimenta da imagem que o desejo cria. Essa imagem é como um alimento para o corpo astral, que traz a "memória" do gosto prazeroso e nos faz correr atrás desse alimento fisicamente.

A grande maioria dos nossos hábitos alimentares é formado ainda quando crianças. Vivermos numa sociedade em que a maioria esmagadora das pessoas está acostumada a comer “veneninhos” e considera isso normal. Se assim fomos criados, é essa a impressão que está em nosso corpo astral. Quando crianças somos acostumados a comer certos tipos de alimentos que fazem mal ao corpo físico. O hábito é formado na infância e permanece vivo em nosso corpo astral (que é a própria criança e seus desejos), o que nos leva a permanecer com hábitos de crianças quando já adultos.

 

O processo de reeducação alimentar envolve não somente parar de ingerir certos alimentos fisicamente, mas também um trabalho psicológico com nossa criança interior, que permanece com seus desejos por esses alimentos bem vivos dentro de nós (mesmo se não comermos esse alimento fisicamente), levando a fome psicológica.
Uma possível repressão irá nos levar a comer esse alimento fisicamente uma hora ou outra, mesmo que isso nos faça mal. A criança sempre vence. O “não resisti” é sempre um fator emocional.

O trabalho é lento e trabalhoso.

Somos como o garçom do nosso restaurante psicológico. Se formos informar ao nosso ego adulto, ao eu psicológico, que nosso cardápio será reduzido, e que aquele prato favorito deixará de ser servido, o eu psicológico vai rir na cara do garçom. E temos muitos pratos favoritos e muitos euzinhos.

“Até parece que eu vou parar de comer isso. Vou comer mesmo, vou comer o quanto eu quiser e quero ver alguém me impedir. Aproveitando, cale a boca e traga o de sempre seu garçom inútil.”

É preciso chamar o Gerente.

É o Gerente,que é o Eu Superior. É ele que pode reeducar nossa criança interior e “convidar” o ego adulto a se retirar do restaurante.



O mais importante nesse processo é a Paciência de Jô que nos é requerida.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Buda em austeridade

Muitas pessoas tomam a estátua de Po Tai, gordo e risonho, como se fosse de Buda Sahkyamuni, o fundador do budismo. Abaixo , uma representação de Buda em austeridade, ao fim de seu longo ascetismo de seis anos. Após esta fase ele defendeu uma postura de moderação, nem ascetismo nem hedonismo. O caminho do meio.
Foto Emerson, Museu de Arte Budista.


Fonte:

http://opicodamontanha.blogspot.com.br/2007/05/buda-em-austeridade.html

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Trigueirinho - Visão ética e valor oculto da Alimentação



Nessa palestra, Trigueirinho fala sobre o valor oculto da alimentação, como algo que influencia diretamente não só o corpo físico, mas o conjunto como um todo.

"Tomado com atitude correta, um alimento pode dissolver inércia e estabelecer harmonia no corpo, além de colaborar na clareza mental. Alimentar-se pode ser verdadeira oração, uma forma de se unir com o universo.


Palestra realizada em 22/Jul/2006"

Link para download